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A quarta edição da Revista VeraCidade apresenta um conjunto de artigos sobre temas como saneamento urbano-ambiental,  institucionalização de Zona Especial de Interesse Social, os efeitos da expansão dos condomínios fechados em Salvador, a inserção de lideranças populares no processo político partidário e uma avaliação da legislação ambiental do Estado da Bahia.  De forma comparativa discute o impacto na dinâmica demográfica decorrente das mudanças climáticas na Região Metropolitana da Baixada Santista e trava uma discussão sobre globalização e política urbana na periferia do capitalismo.

Luciene Maura Mascarini et all apresentam uma rica reflexão sobre os resultados da avaliação do Programa de Saneamento Ambiental da Baía de Todos os Santos (Bahia Azul) realizada nos períodos pré e pós-intervenção no sistema de esgotamento sanitário.  Aparecida Netto Teixeira e Maria Teresa G. do Espírito Santo relatam o processo de institucionalização da Zona Especial de Interesse Social –ZEIS de Vila Nova Esperança, prevista na Política de Habitação de Interesse Social (PHIS) do município do Salvador. Trata-se, segundo as autoras, do registro de uma experiência inovadora, tanto sob o aspecto de projetos de requalificação urbana em áreas centrais, quanto em relação ao processo democrático e participativo de discussão das diretrizes urbanísticas para o projeto.

Rafael de Aguiar Arantes discute os primeiros resultados de uma pesquisa sobre condomínios fechados em Salvador e em que medida a expansão desses condomínios contribui para o progressivo esvaziamento do espaço público, transformando e alterando a própria definição de “cidade” como um espaço marcado pela heterogeneidade das relações sociais. O artigo de autoria de Nilce de Oliveira analisa a inserção de líderes de associações de bairros populares na política partidária, na condição de candidatos a vereador em Salvador.

A revisão da legislação ambiental do Estado da Bahia  que culminou com a promulgação das Leis 10.431/2006 e 10.432/2006 é o objeto da reflexão de Maria Gravina Ogata. A autora analisa os principais avanços institucionais e legais na proteção dos recursos naturais no Estado. Roberto Luiz do Carmo e César Augusto M. da Silva discutem sobre os possíveis impactos na dinâmica demográfica decorrentes das mudanças climáticas na Região Metropolitana da Baixada Santista, faixa litorânea de grande concentração populacional. Por fim, o artigo de autoria de Ermínia Maricato é um convite a uma reflexão ampliada sobre globalização e política urbana na periferia do capitalismo. Após uma rica análise sobre os impactos da globalização nos países periféricos, a autora propõe um conjunto de alternativas para um planejamento urbano comprometido com a democracia, a sustentabilidade e a justiça social nos países periféricos.

Nessa edição, entrevistamos Genauto França, professor da Universidade Federal da Bahia, que analisa os avanços e limites na construção de uma política de economia solidária para o país e as experiências em curso em Salvador. Na seção Ponto de Vista, Fátima Fróes analisa a participação de lideranças do “Miolo”, da “velha cidade” na II Conferência Municipal de Cultura. A fotógrafa Dal Nunes, com olhos de lince, registra a poesia das formas urbanas de várias cidades brasileiras. E, por fim, Maria Alice Nelli Machado e Sonia Regina R. de Carvalho apresentam um olhar sobre a cidade de São Paulo ressignificado pela memória de homens e mulheres que emprestaram suas lembranças sobre as águas na grande metrópole. Ilustra esta edição fragmentos da obra do artista plástico baiano Bel Borba, a quem agradecemos por ceder uma imagem de seu arquivo de pinturas.

Antonio Eduardo dos Santos de Abreu
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente
João Henrique Barradas Carneiro
Prefeito da Cidade do Salvador
 
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